segunda-feira, 4 de maio de 2015

CAPIROTAGENS DE SLIPNOOG

Aconteceu comigo em 1991. Eu fui com alguns amigos passar o fim de semana numa fazenda centenária em Cataguases-MG.

Ela era cheia de objetos antigos e estranhos, fotos de antepassados e cômodos que não eram abertos há anos.

Durante todo o dia molecamos com o nome do antigo coronel falecido, que havia sido o proprietário da fazenda e avô de um dos meus amigos. Qualquer ruído que ouvíamos, dizíamos logo: – Sai pra lá, Coronel! Olha o Coronel aí! – sempre em tom de galhofa. Quando foi anoitecendo, um ou outro fato esquisito acontecia de vez em quando, tipo ruídos sem explicação e lâmpadas que se apagavam e acendiam sozinhas. Até o pai dele, que mora lá, parecia assustado às vezes, e nos contou coisas que havia presenciado, uma delas o fato de volta e meia ouvir pela manhã ruídos de talheres e vozes na sala de jantar(que fica em frente aos quartos) e ao ir até lá não encontrar ninguém, nem nada sobre a mesa.






Pois bem. O pior veio quando fomos nos deitar. Fiquei num quarto com algumas amigas; trancamos a porta e elas imediatamente caíram em sono profundo. Isto foi por volta da meia-noite. De repente, a maçaneta da porta começou a ser balançada fortemente, como se alguém quisesse entrar. Meu cabelo ficou em pé e eu disparei a rezar. Só que a cada frase do Pai-Nosso que eu dizia, vozes me remedavam com zombaria. Eu tremia e suava como vara verde. Chamei minha amiga na cama ao lado mas ela não acordou. A sensação que eu tinha era de que o quarto estava cheio de presenças. Isto durou a madrugada inteira e somente quando o relógio antigo da sala soou 5 badaladas eu apaguei de exaustão. Fui a última a me levantar na manhã seguinte, e quando o pessoal me perguntou que cara era aquela eu narrei o acontecido. O meu amigo, que era o neto do Coronel nos contou então que aquilo já havia acontecido com outro amigo dele. Ele levantou pela manhã e o rapaz estava sentado no capô do carro, só esperando ele levantar para ir embora imediatamente. Não havia dormido a noite inteira e jurava nunca mais voltar lá. Eu também não.

Imagem Ilustrativa

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